Zine Marítimas
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arte de capa: a redoma de vidro, por Lidiane Dutra

são autoras marítimas volume 05: 

Aura Grube, Bia Gonçalves, Cátia Simon, Cecília Rogers, Daniela Espíndola, Gabriela Porto Alegre, Giulia Guadagnini, Karen Garbo (convidada), Giulia Nogueira, Karine Sanchez, Larissa Santos, Letícia Chaplin, Liana Timm, Mar Becker (convidada), Maria Archanjo, Martha Buzin, Milena Martins Moura, Monique Bonomini, Noélia Ribeiro, Raquel Godoy, Raquel Zepka, Rosilene Souza, Sabrina Dalbello, Val Prochnow e Vanessa Regina.

no corpo editorial do volume 5: Juliana Blasina  | Lidiane Dutra | Suellen Rubira.

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EDITORIAL

por Juliana Blasina e Suellen Rubira - as editoras. 

A zine está diferente. Após um ano de navegações turbulentas, remos, raivas e escaladas rumo ao ilimitado céu, paramos. A terra plena conquistada nos fez pensar no lugar do corpo dentro da terra.

O corpo na terra, o corpo na casa, na existência da vida. As peles que habito é o nosso mais novo volume favorito. Concluir essa edição nos deu a sensação de que a zine marítimas não é nada parecida com o que um dia foi. Algo mudou e a conquista veio junto com a dor. Porque cada linha desses textos - ou grande parte delas - é uma fenda aberta na pele.

As feridas, no entanto, nem sempre estão expostas. O dito e o não dito ocupam os poemas, os contos e a resenha do volume 5, que está com uma identidade visual bastante diferente. Se antes as cores ocupavam um espaço importante na composição, agora o neutro das coisas acinzentadas. O mármore escolhido para colocarmos o véu de poemas, fotos e ilustrações. Essa escolha fez com que as cores das ilustras e fotografias pudessem protagonizar uma outra história, aquela que só se percebe através do apelo estético de uma imagem sobreposta ao cinza, uma imagem que se recusa ser escondida, apagada. Os textos, por sua vez, também não se deixam dissolver no bloco de concreto e criam imagens poderosas das coisas que não suportamos mais contar, mas que é (ainda) preciso.

Contar e viver. Contamos para aprender a não repetir os danos, contamos para organizar e, por vezes, desorganizar. Contar é um salvamento inevitável, pois somos todas linguagem e essa linguagem começa pelo corpo, nosso primeiro território, aquele que passamos a vida lutando para manter. A ameaça ao corpo nos acompanha desde a infância e se renova à medida em que crescemos. Ser mulher é experimentar o mundo nesse espaço instável e ameaçado do corpo. Crescemos, mudamos, nos transformamos na mulher que somos hoje, cíclicas, efêmeras, e que, daqui a pouco, já não seremos mais. A outra que chega, traz consigo o aprendizado marcado na pele daquelas que a precederam. A nossa pele, mapa da existência.

Ser mulher é também ser herdeira de uma redoma além da pele, como sugere a arte que Lidiane Dutra trouxe para a capa dessa edição: a redoma de vidro, inspirada no livro homônimo de Sylvia Plath. A redoma protege ou aprisiona? Ela cresce conosco ou nos oprime, limita o crescer? E se quebrada, o que será desse corpo cobiçado através do vidro? Deixamos as perguntas para os trabalhos que se seguem. Deixamos ainda uma última provocação, a citação que inspirou a Lidi, para que sirva de inspiração nessa leitura:

"Para a pessoa dentro da redoma de vidro, vazia e imóvel como um bebê morto, o mundo inteiro é um sonho ruim." Sylvia Plath

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Convidamos todas e todes a LER E APOIAR a zine: compartilhe nas redes sociais e fora delas. 

Leia ou faça o download da zine Marírimas - volume 05 >>  gratuitamente << clicando aqui.



 ciclo de encontros em comemoração ao primeiro ano da zine.






sobre o evento

Em comemoração ao nosso primeiro ano de existência, a zine marítimas reuniu um grupo de mulheres incríveis para oferecer o evento chamado Nas águas de março: um ciclo de encontros com oficinas gratuitas dos mais diversos assuntos, destinadas às nossas leitoras, autoras e recém-chegadas.


Acreditamos na força do coletivo. Vamos juntas e vamos longe.


A programação começa na próxima sexta, 18 de março, e vai até sábado, 9 de abril.

Serão ao todo dez encontros.


As inscrições para as primeiras Oficinas estão abertas e para as próximas, em breve. Basta clicar no hiperlink “quero me inscrever” da Oficina de seu interesse. Você será encaminhada para o Formulário de inscrição. Depois, aguarde e-mail de confirmação. O link para acesso às oficinas será enviado para o mesmo email cadastrado pelas participantes no momento da inscrição.


Olha esse cronograma com carinho, verifica as datas e vem >> as vagas são limitadas.




Cronograma e inscrições:


Live inaugural

18/03, sexta, 20h, no IG da zine

Se joga: um papo sobre a primeira publicação

sobre os desafios para se lançar e estratégias para ser lida

com Carla Guerson @carlaguerson, Aliana A. Cardoso @escrevendopedros

e Juliana Blasina @blasina_ju (editora da zine marítimas)

Evento aberto a todos os públicos.

  • você pode assistir a Live 1 clicando >> aqui.

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Ciclo de Oficinas


Oficina 1

19/03, sábado, 19h30

A literatura fora do papel: produção de newsletter e podcast

com Suellen Rubira @suue_rr

20 vagas. QUERO ME INSCREVER (zarpou)



Oficina 2

25/03, sexta, 19h30 

Portfólio? tá na mão: primeiros passos da autocuradoria

com Juliana Blasina @blasina_ju

20 vagas. QUERO ME INSCREVER (zarpou)



Oficina 3

26/03, sábado, 15h

Introdução aos chás e infusões: a xícara de chá perfeita

com Juliana Votto Cruz @emporiomamaluna

20 vagas. QUERO ME INSCREVER (zarpou)



Oficina 4

26/03, sábado, 19h

Vida de autora independente: autopublicação na Amazon

Do rascunho à publicação para venda

com Jaque Machado @jaquemachadoescritora

20 vagas. QUERO ME INSCREVER (zarpou)

 

 

Oficina 5

01/04, sexta, 19h

Canta mais: reconhecendo a própria voz

com Lilian Guedes @liliensinamusica

10 vagas. QUERO ME INSCREVER (zarpou)



Oficina 6 | NOVA DATA

08/04, sexta, 19h

Leitura poética: especial Orides Fontela

com Suellen Rubira @suue_rr

20 vagas. QUERO ME INSCREVER (zarpou)



Oficina 7

02/04, sábado, 19h

Produção artística & algoritmos: mulheres e o fazer arte em tempos de internet

com Lidiane Dutra @lidydutra

10 vagas. QUERO ME INSCREVER (zarpou)



Oficina 8

07/04, quinta, 20h

Vestuário e persona: criando sua personagem da vida real

com Karen Garbo @brechó

20 vagas. QUERO ME INSCREVER (
zarpou)

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Live de encerramento

09/04, sábado, 19h30, no IG da zine

A filha perdida: Papo sobre a adaptação cinematográfica do livro de Elena Ferrante, dirigida por Maggie Gyllenhaal

com a tríade fundadora da marítimas: Lidiane Dutra @lidydutra, Suellen Rubira @suue_rr e Ju Blasina @blasina_ju 


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Sobre as Oficinas

Vagas limitadas.

Duração: 1h a 1h30

Ministradas por videoconferência

(link enviado por email às participantes)

investimento: zero reais


Inscrições: podem ser feitas até o dia do evento ou enquanto durarem as vagas

Basta clicar em  “Quero me inscrever” em cada uma das Oficinas. Você será direcionada para um Formulário de inscrição.



Quem pode fazer: todas as autoras e leitoras da zine marítimas

Pode participar de mais uma? não só pode como deve.


veste uma cropped e te joga!





Olá, Marítimas

É com imenso prazer que anunciamos a primeira chamada de 2022. E falando em prazer, o tema em pauta é as experiências do corpo:


O primeiro volume de 2022 convida as artistas a pensar seu corpo nas mais diversas experiências: a sexualidade, a maternidade, o envelhecer, enfim, a transformação que é destino inerente à qualquer forma de vida. 

Desejo e repulsa, dor e gozo, quais dicotomias regem os corpos das mulheres em suas plurais existências? 

Essa é a pergunta que lançamos para vocês, autoras. Como a experiência do corpo te atravessa?

Envie seus trabalhos até o dia 08 de março, para o e-mail: zinemaritimas@gmail.com.

para ler as diretrizes, clique AQUI.


 

clique para ler ou fazer download gratuitamente.


são autoras marítimas volume 04:  

Marilia Kubota, Paula Liaroma, Lidiane Dutra, Agda Rocha, Aimée Bolaños, Anaí Bueno, Anna Violeta Durão, Camila Bellini, Elisa Ribeiro, Jaque Machado, Joselma Noal, Karine Sanchez, Nayara Xavier, Lilian Ney, Lorena Dias, Raissa Garcia, Sabrina Dalbelo, Sara Albuquerque, Suelen Machado, Iolly Ayres, Juliana Blasina & Suellen Rubira.

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EDITORIAL

por Juliana Blasina, editora.

E assim chegamos ao último volume do primeiro ano de Marítimas.

Em 2021, 618 mil pessoas morreram de covid no Brasil, enquanto nós, a trancos e barrancos, sobrevivemos à pandemia de covid e à necropolítica bolsonarista. Não há máscara para todes, não há vacina para todes, não há comida para todes. Mas cá estamos, em meio a esse pandemônio: 

resistindo, escrevendo e publicando um coro de vozes de mulheres que gritam com todo o seu fôlego.

Em 2021, cerca de 80 autoras de todo o país participaram do nosso grito coletivo de resistência. Muitas delas publicaram pela primeira vez na Marítimas e na La Loba, revistas irmãs, nascidas do mesmo vendaval. Vimos nossas autoras e editoras lançarem e planejarem novos livros. Vimos Mar Becker, de Passo Fundo (RS), ganhar o Minuano de Poesia e fulgorar entre as cinco poetas >> mulheres << finalistas do Jabuti. Vibramos com cada uma das nossas conquistas, fizemos delas tábua de salvação.

Pusemos um barco nos mares agitados de janeiro de 2021 e remamos com muitas mãos. Trilhamos juntas a aridez de uma terra firme acidentada e agora, não nos deitamos a contemplar o céu:

olhamos para cima com a consciência de que temos em nós a matéria das nuvens, de que somos também o próprio mar. Trazemos tempestade ou calmaria.

Em 2021, resistimos bravamente e em 2022, voltaremos para transformar.

Vida longa a Marítimas!

e a todas nós.

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Convidamos todas e todes a apreciar a revista, a compartilhar essa experiência nas redes sociais e na vida. 

Leia ou faça o download da zine Marírimas - volume 04 >>  gratuitamente << clicando aqui.

O tema do volume 4 indica nossa última parada em 2021: o céu.

Depois de tantos trajetos e trajetórias por terra e mar, eis o salto. Nesse volume, queremos explorar os poderes da altura, do voo e da verticalidade. Céus, nuvens e asas, explorar a poética das subidas. Esse é o volume 4 da Marítimas.

O ar está associado à capacidade imaginativa: privilegiamos uma reelaboração de certas imagens do mundo real, ou seja, para falar de nuvem, não necessariamente mostrar a nuvem. Lembrem-se: 

o céu não é o limite. 

Alcem voos e venham conosco. Envie seu trabalho >> até 30/11 << para o e-mail zinemaritimas@gmail.com 

Sugerimos o envio de até 2 textos (poesia, narrativa) e/ou 6 imagens (fotografia, ilustração) por autora. As diretrizes são as mesmas da última chamada e estão disponíveis no nosso blog >> clique aqui para acessar.

O resultado da curadoria será divulgado na primeira quinzena de dezembro. 

Participe!




Na semana passada, uma discussão a respeito de uma manifestação, ocorrida no Balneário Cassino (Rio Grande, RS), agitou os ânimos nas redes sociais: no dia 19 de outubro, o letreiro "Eu amo o Cassino", localizado no final da Avenida Rio Grande, amanheceu pixado com frases sobre a falta de apoio aos artistas locais, direcionadas ao prefeito municipal.

Não vamos entrar no mérito do que foi escrito, mas sim, numa outra discussão que se iniciou: de um lado, as pessoas que defendiam o livre direito à manifestação e, de outro, quem dizia que o ato não passava de vandalismo.

Neste ínterim, as expressões "arte de verdade" e "artistas de verdade" passaram a ser utilizadas para diferenciar os grafites (em especial, os que cobrem os muros da SAC), do pixo no letreiro turístico. Os primeiros, seriam artes feitas para embelezar a cidade e valorizar espaços antes pouco explorados. Já o segundo, um crime, coisa de desocupados e marginais. Ao final do mesmo dia, o dito letreiro já estava coberto por grafites coloridos, representando atrativos do Cassino. Vale destacar que o coração do letreiro, supostamente revitalizado, abandonou a máscara que antes usava como alerta para a campanha anticovid, mas isso é outro assunto.


É aqui que cabe a nossa reflexão: a arte foi feita somente para embelezar? Arte como sinônimo de decoração feita sob uma permissão concedida. Quando a arte não nos agrada, ou quando é feita por um grupo que está à margem da sociedade, ela se transforma em vandalismo?

As expressões artísticas feitas em paredes remontam ao tempo das cavernas, quando nossos ancestrais pré-históricos desenhavam bisões e veados, desejosos por uma boa caça; danças e rituais de suas tribos, passando a homenagens aos deuses e aos mortos, até evoluir para hieróglifos, afrescos, entalhes, até chegar aos dias de hoje, com os grafites e pixos que cobrem as cidades. 

A arte sempre foi uma manifestação inerentemente humana e, como tal, reflete um tempo e uma sociedade específicos. Se há espaço para a arte decorativa, há também para a arte de protesto, para que aqueles que não são ouvidos pelo poder público se façam ouvir.

Assim como a poesia marginal, o rap e o funk são formas de arte, o pixo é a expressão da periferia, de indivíduos que são excluídos sistematicamente do debate público, aos quais estão reservados os piores empregos, as piores moradias, a menor concentração de renda, o menor acesso aos estudos, a maior e mais dura repressão da polícia, o atalho às drogas e à violência sistêmica, o racismo, o machismo, o encarceramento em massa e toda sorte de opressões.

Dizer que existe uma arte "bela e limpa", reservada ao puro entretenimento, enquanto a outra "feia e suja", que deve ser vista como crime, é esvaziar o sentido próprio da arte. É reafirmar que a arte "de verdade" é algo para poucos iniciados. É algo excludente, elitista e tacanho.

O crítico Alfredo Bosi, em seu ótimo ensaio "Reflexões sobre a Arte", nos diz que '"visões de mundo', 'espírito da época', ou, mais restritamente, ideologias de classe e de grupo, são, todos, universos de valores, complexos superestruturais que se fazem presentes e ativos na hora da criação artística.". Ou seja, nossa forma de criar está impregnada pela visão que temos da nossa própria sociedade - e de nós mesmos, dentro dela.

Para que serve a arte, afinal? Pode servir para embelezar nossa casa, nossa cidade, mas também para nos fazer pensar e para nos inserir no debate sobre nosso tempo. Para nos desacomodar, porque se faz preciso. Às vezes através de um incômodo, de uma intervenção. E quando um artista traz o estranhamento para o nosso próprio quintal, apuremos nossos sentidos: pois um simples risco numa parede pode dizer muito sobre nós.


Talvez, ao invés de nos debruçarmos sobre o que é arte - uma pergunta que tem muito material teórico, mas opera substancialmente no nível subjetivo - talvez só por um momento, a gente deva direcionar a energia usada para defender a integridade de um letreiro frio e desinteressante para o escândalo de coisas como corrupção passiva, paraísos fiscais e 600 mil mortos por covid, 14 milhões de desempregados e a fome: eis como nosso país tem sido genuinamente vandalizado, sem causar a mesma comoção.

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Por Lidiane Dutra, Juliana Blasina, Suellen Rubira

e quem mais quiser assinar conosco.


desenho e colagem de Juliana Blasina
CLIQUE PARA LER


NOTA SOBRE A CAPA

por Juliana Blasina, editora Marítimas

Quando começamos a idealizar esse terceiro volume, a imagem da sereia invertida me surgiu nítida num sonho. A nitidez do sonho é por si um paradoxo. Como no famoso quadro do René Magritte (The collective invention, 1934), lá estava ela desafiando a suposta verdade ocidental.

Ora, sendo a sereia criatura mítica, como pode uma inversão de metades causar tamanho incômodo? Ela prova que mesmo o nosso imaginário está, por vezes, colonizado.

Uma busca rápida na internet leva o incômodo a outro patamar. Fóruns de homens discutem qual a melhor sereia para dividir uma ilha deserta: aquela do rabo de peixe ou essa que, embora feia (palavras deles), tem mais buracos. Vitória da cara de peixe: não fala, não canta, logo (palavras deles) não incomoda. Ela é melhor quando silenciada, desprovida de poderes. E seu desenho de cinta liga e arrastão pousa de quatro com dois mil likes.

Diferente de sua ancestral, Sereia de Magritte, prostrada na beira d'água, nossa sereia invertida surge plena sobre uma rocha. Ela tem braços e consciência deles. Ela tem muito a dizer. E toma fôlego com suas guelras híbridas. Ela sabe o que é preciso para trilhar essa terra acidentada, nunca de todo firme. Ela existe e isso basta.

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EDITORIAL 

por Suellen Rubira, editora Marítimas 

Segurança. Substantivo feminino que tem, dentre suas definições, o sentido de “estado do que se acha seguro ou firme, estabilidade, solidez”. 

Gostaria de tecer palavras sobre o quanto podemos respirar agora, em terra firme, seguras de nossos passos e ações. Porém, houve em algum momento a segurança?

Costumamos atribuir à pandemia a máxima de que nada é certo na vida e tudo muda radicalmente, mas… não era assim antes? Lidar com um vírus altamente contagioso e que matou muita gente ao redor do mundo com certeza configura uma mudança extrema de paradigma do que é estabilidade e do que é volátil. Porém, e esse cliché eu vou repetir, a pandemia apenas escancarou uma crise brutal nas nossas relações dentro do sistema capitalista. O que já estava ruim ficou pior e quem não teve essa consciência provavelmente está achando que as coisas começaram a ganhar uma incerteza apenas a partir de 2020.

Não.

Podemos fazer uma lista imensa do quanto a vida de pessoas indígenas e pessoas negras foi massacrada por séculos. É justo dizer que “a pandemia me fez ver que temos que viver o presente”? Ao mesmo tempo que não se pode negar a gravidade e as pressões que essa circunstância nos causa, cabe ressaltar o quanto tem muita gente na luta, sempre na luta.

Por isso, o termo segurança não vai guiar as páginas dessa edição da zine. Embora tenhamos deixado nossas embarcações à beira da praia, pisamos na areia, na grama e no asfalto com um quê de desconfiança, como quem entra num pântano, sempre alerta. Seguras estamos de nós e da nossa capacidade de amplificar vozes. Queríamos fazer mais, abranger mais, abraçar mais.

Essa edição contém respingos do mar, o mar como refúgio e a terra como conquista. Textos, imagens, fotos que ilustram uma presença cujo recorte ainda é muito pouco, mas queremos acreditar que é só o começo.

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Com poemas de
Carol Oliveira @viajopradentro.escrevoprafora
Giulia Guadagnini @giuliaguadagnini
Iolly Aires @dissolvendoempoesia
Jeane Bordignon @jeanebordignon
Orleide Ferreira @contas.de.micanga
Sabrina Dalbello @sabrinadalbelo
Divanize Carbonieri @divanizecarbonieri
Caroline Quadrado da Rosa @carolineagrg

Contos de
Anaí Bueno @bueno_anai
Lorena Dias @lorena_madeinpara
Paula Canabarro @paulalcanabarro
Suzielli M. M. @suzielli_martins
Pâmela da Conceição @pdaconceicaosantos

Imagens de
Ana Clara Tissot @anaclaratissot
Nicolli Gauterio @psi.nicolligauterio

também participação desse volume as editoras @suue_rr (fotografias e poema) e @blasina_ju (colagem da capa e poema)



Convidamos todas e todes a apreciar a revista, a compartilhar essa experiência nas redes sociais e na vida. 

Leia ou faça o download da zine Marírimas - volume 03 >>  gratuitamente << clicando AQUI.


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Sobre a zine




MARÍTIMAS: uma zine feminista fundada em Rio Grande por Juliana Blasina, Lidiane Dutra e Suellen Rubira, a fim de reunir textos e ilustrações produzidas por mulheres em suas pluralidades, referente às diversas pautas da luta feminista.

Volumes já publicados

  • Volume 5: As peles que habito
  • Volume 4: O céu não é o limite
  • Volume 3: Terra plena
  • Volume 2: Contra a maré
  • Volume 1: À deriva

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