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Marítimas volume 6: Mulheres e sociedade #forabolsonaro
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artigos de
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Editorial
“Pode ir pensando no editorial, pois hoje começo a diagramar a zine”, essa foi a mensagem da Ju em um dia desses que a gente não tem muita consciência do espaço-tempo, um dia perdido na suspensão do sonho, no véu amorfo do futuro que promete ser de águas claras, ainda que com suas turbulências.
Escreve o editorial. Fiquei pensativa, entre o choro engasgado na garganta e a raiva, ensaiando frases que trouxessem - mais uma vez - os crimes, os absurdos, a vergonha de Jair Bolsonaro.
Mas decidi que não.
O grito de revolta, o absurdo que é difícil de nomear, foi muito bem elaborado e expresso por nossas autoras. Cada uma delas, à sua maneira, dando o nome oficial ou brincando com a figura patética que Jair representa, cimentou na história dessa zine tudo aquilo que repudiamos e que não queremos mais repetir. Por essa razão, não falo nele, não.
A esperança é uma coisa esquisita pra mim, sabe? Sempre quando começo a criar esse projeto de sonho mental, o frio na barriga ataca e diz: e se der errado? Pelas mais diversas razões, aprendi a desconfiar da esperança, a me defender daquilo que geralmente a vida não me dá e desaprendi a ansiar coisas boas.
Mas decidi que (dessa vez) não.
Está tão perto, tudo parece tão possível. Depois de 4 anos afogadas, sustentando os braços em troncos de árvores perdidos na correnteza, nós vamos chegar à superfície. Vamos, enfim, respirar por nós e por aqueles que buscaram o ar e não tiveram. Isso não é o acaso. Nem o bem nem o mal duram pra sempre e estamos chegando ao fim de uma era terrível. A mais terrível para nós, uma era que já não existe mais para as mais de 600 mil pessoas que morreram em decorrência de uma péssima gestão do presidente durante a pandemia.
O volume 6 da Zine Marítimas está emocionante a cada verso. Eu ia falar mais um pouco,
Mas decidi que não.
Boa leitura!
Suellen Rubira
***
uma nota de Juliana Blasina
Termino a diagramação deste volume enquanto me recupero da covid. É minha primeira vez com a doença que matou 686 mil pessoas nos últimos dois anos no Brasil. Sou um dos 4,7 milhões de casos. E se estou viva, ainda que exausta e trocando os pés de sapato, como fiz hoje de manhã, dou graças às quatro doses de vacina que o SUS me ofertou: Coronavac, Astrazeneca, Pfizer, a coleção quase completa. Reúno todas as energias que me restam e ponho aqui, no fechamento desta publicação feita por mulheres que sobrevivem e não se esquecem a que custo. Domingo vestiremos vermelho, ergueremos os braços e acenderemos a estrela da esperança que iluminará o breu dos nossos últimos anos. Eis aqui uma centelha.Convidamos você a LER E APOIAR a zine: compartilhe nas redes sociais e fora delas.
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